O desenvolvimento integral dos estudantes vai além da transmissão de conteúdos acadêmicos, incluindo também a formação de competências ligadas ao autoconhecimento, empatia, colaboração e resiliência. Nesse contexto, a aprendizagem socioemocional tem ganhado espaço nas escolas como parte essencial da preparação dos alunos para a vida. Para Kelsem Ricardo Rios Lima, especialista em práticas educacionais, essa abordagem contribui para criar ambientes mais acolhedores, reduzir conflitos e melhorar o desempenho geral dos estudantes.
A aprendizagem socioemocional envolve um conjunto de estratégias que visam desenvolver habilidades não cognitivas, fundamentais para lidar com desafios pessoais, relacionais e profissionais. Ao integrá-la ao currículo escolar, é possível criar condições para que crianças e adolescentes aprendam a reconhecer e gerenciar suas emoções, estabelecer objetivos positivos e tomar decisões responsáveis.
Aprendizagem socioemocional: pilares e objetivos
Os programas de aprendizagem socioemocional normalmente se baseiam em cinco pilares principais: autoconhecimento, autorregulação, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisões responsável. Cada um desses componentes trabalha aspectos complementares do desenvolvimento humano.
O autoconhecimento envolve a capacidade de identificar e compreender as próprias emoções, valores e forças pessoais. Já a autorregulação diz respeito ao controle emocional e à gestão do comportamento, especialmente em situações de pressão. A consciência social incentiva a empatia e o respeito pelas diferenças, enquanto as habilidades de relacionamento fortalecem a comunicação e a colaboração. Por fim, a tomada de decisões responsável estimula escolhas éticas e construtivas.
Segundo Kelsem Ricardo Rios Lima, o fortalecimento dessas habilidades ajuda os alunos a construir relações mais saudáveis, aumentar a autoestima e desenvolver maior resiliência frente a dificuldades acadêmicas e sociais.
Benefícios para o ambiente escolar
A implementação da aprendizagem socioemocional traz impactos positivos para toda a comunidade escolar. Quando os alunos aprendem a lidar melhor com as próprias emoções, a probabilidade de conflitos diminui, o que contribui para um ambiente mais seguro e harmonioso. Isso também se reflete no engajamento com as atividades, na participação em sala de aula e até na redução da evasão escolar.

Pesquisas indicam que escolas que adotam práticas de aprendizagem socioemocional registram melhorias no desempenho acadêmico, pois os alunos conseguem manter o foco e a motivação por mais tempo. Kelsem Ricardo Rios Lima ressalta que essa abordagem não é um substituto para o conteúdo tradicional, mas um complemento que potencializa a aprendizagem cognitiva.
Além disso, o desenvolvimento socioemocional é cada vez mais valorizado no mercado de trabalho, onde competências como trabalho em equipe, adaptabilidade e liderança são altamente demandadas. Ao preparar os estudantes desde cedo, as escolas contribuem para sua inserção bem-sucedida no mundo profissional.
Estratégias de implementação
Para que a aprendizagem socioemocional seja efetiva, é necessário integrá-la de forma estruturada ao projeto pedagógico da escola. Isso pode incluir desde a inserção de atividades específicas no currículo até a capacitação dos professores para trabalhar o tema de forma transversal nas disciplinas.
Atividades como dinâmicas de grupo, rodas de conversa, projetos colaborativos e práticas de mindfulness são ferramentas comuns. O uso de situações reais do cotidiano escolar como exemplos para discutir empatia, ética e resolução de problemas também enriquece o processo. A participação das famílias é fundamental para reforçar, fora da escola, os valores e habilidades trabalhados em sala de aula.
Segundo Kelsem Ricardo Rios Lima, a formação continuada dos educadores é peça-chave, pois são eles que dão vida às práticas socioemocionais no dia a dia escolar. Investir no bem-estar e no preparo desses profissionais é essencial para a sustentabilidade do programa.
Ao incorporar a aprendizagem socioemocional como parte da rotina educacional, as escolas não apenas cumprem seu papel acadêmico, mas também contribuem para a formação de cidadãos mais conscientes, empáticos e preparados para enfrentar os desafios do século XXI.
Autor: Natimoura Dalamyr