Os primeiros seis anos de vida são considerados a fase mais decisiva para o desenvolvimento humano. De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, é nesse período que o cérebro apresenta maior plasticidade, ou seja, maior capacidade de formar conexões neurais que servirão de base para a aprendizagem futura. Estímulos adequados nessa etapa favorecem habilidades cognitivas, emocionais e sociais, criando condições essenciais para o desempenho escolar e a vida adulta.
Essa fase é marcada por descobertas e pela construção das primeiras referências de mundo. As experiências vividas nos primeiros anos moldam não apenas a inteligência, mas também a forma como a criança lida com emoções, relações sociais e desafios. Por isso, o investimento em educação infantil de qualidade, ambientes saudáveis e vínculos afetivos seguros é decisivo para o sucesso do processo de neurodesenvolvimento. Leia mais aqui:
Neurodesenvolvimento nos primeiros anos: a importância da estimulação precoce
A estimulação precoce é um dos fatores mais relevantes para o pleno desenvolvimento infantil. Interações simples, como conversas, brincadeiras e leituras em voz alta, estimulam áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, memória e raciocínio. Conforme explica Paulo Henrique Silva Maia, quanto mais ricas e diversificadas forem as experiências oferecidas, maiores serão as conexões neurais formadas, fortalecendo as bases para a aprendizagem futura.
Por outro lado, a ausência de estímulos adequados pode comprometer o desenvolvimento. Crianças que vivem em ambientes com pouca interação, negligência ou falta de estímulos enfrentam maiores riscos de dificuldades cognitivas e emocionais. A intervenção precoce, por meio de políticas públicas e apoio familiar, pode minimizar esses efeitos, assegurando que cada criança tenha a oportunidade de explorar todo o seu potencial.
Relação entre vínculos afetivos e neurodesenvolvimento
O desenvolvimento cerebral não depende apenas de estímulos cognitivos, mas também de vínculos emocionais sólidos. O afeto, a segurança e a atenção recebida nos primeiros anos são fundamentais para que a criança desenvolva confiança e capacidade de se relacionar. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, a inteligência emocional começa a ser construída ainda na infância, quando a criança aprende a reconhecer, expressar e lidar com seus sentimentos.

Ambientes familiares marcados por violência ou negligência podem prejudicar esse processo, resultando em dificuldades emocionais e comportamentais no futuro. Por isso, o fortalecimento da relação entre pais, cuidadores e professores é decisivo para a criação de um ambiente seguro. Quanto mais a criança se sentir acolhida, maior será sua capacidade de explorar o mundo, aprender e desenvolver competências socioemocionais importantes para a vida adulta.
O papel da educação infantil nos primeiros anos
A educação infantil é peça-chave para potencializar o neurodesenvolvimento. Ambientes escolares planejados, com atividades lúdicas e interações pedagógicas de qualidade, ampliam as experiências da criança e reforçam sua capacidade de aprender. Como evidencia Paulo Henrique Silva Maia, creches e pré-escolas bem estruturadas funcionam como espaços de estímulo intelectual, social e emocional, contribuindo para reduzir desigualdades e promover equidade desde cedo.
Além disso, a escola desempenha papel fundamental na identificação precoce de atrasos no desenvolvimento. Professores capacitados conseguem perceber sinais de dificuldades e encaminhar para avaliações especializadas, permitindo intervenções rápidas e eficazes. Esse acompanhamento contínuo assegura que todas as crianças tenham acesso às mesmas oportunidades de crescimento, independentemente de sua condição social ou econômica.
Por fim, o neurodesenvolvimento nos primeiros anos é determinante para o aprendizado futuro e para a formação integral do indivíduo. Estímulos adequados e acesso à educação infantil de qualidade criam as condições necessárias para o pleno desenvolvimento cognitivo e emocional. Para Paulo Henrique Silva Maia, investir nessa etapa é garantir não apenas o sucesso escolar, mas também a construção de cidadãos mais preparados, resilientes e capazes de contribuir para uma sociedade mais justa.
Autor: Natimoura Dalamyr