Como comenta a Dra. Thaline Neves, a placenta prévia, condição em que a placenta se posiciona parcial ou totalmente sobre o colo do útero, merece atenção imediata de gestantes e profissionais de saúde. Assim sendo, identificar o problema nas primeiras semanas é fundamental para garantir a segurança materno-fetal. Com isso em mente, a seguir, veremos o que exatamente é a placenta prévia, seus sinais de alerta e os cuidados indispensáveis para proteger a mãe e o seu bebê.
Como a placenta prévia se forma?
Durante o início da gravidez, a placenta costuma fixar-se na parte alta do útero para receber irrigação sanguínea adequada. Contudo, em alguns casos, o embrião se implanta mais próximo ao orifício cervical interno e, à medida que o órgão cresce, parte ou toda a placenta impede a passagem do bebê na hora do parto. De acordo com Thaline Neves, fatores como cesárea prévia, gravidez múltipla, idade materna avançada e tabagismo elevam o risco de desenvolver placenta prévia.
Embora a maioria das placentas migre para regiões superiores até o terceiro trimestre, cerca de 1 em cada 800 gestações mantém a posição baixa. Nessa situação, a paciente necessita acompanhamento frequente por ultrassonografia para monitorar o deslocamento placentário e planejar intervenções seguras.
Quais riscos a placenta prévia traz ao feto?
A principal ameaça para o feto é a redução do suprimento de oxigênio e nutrientes quando ocorrem sangramentos recorrentes. Além disso, hemorragias intensas podem levar à antecipação do parto por cesariana de emergência, aumentando a probabilidade de prematuridade. Sem contar que a perda sanguínea materna também compromete o volume plasmático uteroplacentário, o que afeta diretamente o crescimento fetal.
Outro risco, segundo a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, é a restrição de movimentos no canal de parto, uma vez que a placenta bloqueia a saída do bebê. Portanto, se a condição persiste até o final do terceiro trimestre, o parto vaginal torna-se inviável, exigindo cirurgia programada antes do rompimento espontâneo da bolsa, prevenindo hemorragias graves.
Principais sinais e diagnóstico da placenta prévia
O reconhecimento precoce dos sintomas proporciona tempo hábil para medidas preventivas. A seguir, veja os sinais mais comuns:
- Sangramento vaginal vermelho vivo, indolor e recorrente
- Desconforto abdominal ou sensação de peso pélvico no segundo ou terceiro trimestre
- Contrações uterinas sem dor associadas à perda de sangue
- Apresentação fetal anômala (pélvica ou transversa) detectada em ultrassom
- Histórico obstétrico de cesáreas ou procedimentos uterinos invasivos

Esses indícios devem motivar avaliação médica imediata. O diagnóstico definitivo ocorre por ultrassonografia transvaginal ou morfológica, que localiza a borda placentária em relação ao colo. Assim, depois da confirmação, a gestante precisa seguir recomendações específicas de repouso, abstinência sexual e consultas mais frequentes para evitar agravamento.
Cuidados essenciais na gestação com placenta prévia
Manter a estabilidade hemodinâmica da mãe é a prioridade diante de qualquer sangramento. Por isso, hospitalização pode ser indicada quando a hemorragia é moderada ou persistente, conforme pontua a Dra. Thaline Neves. Aliás, o controle inclui administração de corticoides para acelerar a maturidade pulmonar fetal se o parto prematuro for provável.
Já em gestantes assintomáticas, o cuidado domiciliar com restrição de atividades físicas e monitoramento dos movimentos fetais costuma ser suficiente. Entretanto, a realização de exames de imagem quinzenais e contagem de hemoglobina previnem surpresas. Por fim, quando a placenta prévia permanece total após 36 semanas, a cesariana eletiva entre 37 e 38 semanas reduz mortalidade perinatal.
Fatores de prevenção e estilo de vida
Embora nem todos os fatores de risco sejam controláveis, escolhas saudáveis durante a gestação diminuem a probabilidade de complicações. Parar de fumar, controlar doenças crônicas e agendar pré-natal regular são atitudes que favorecem a implantação placentária ideal. Tendo isso em vista, gestantes com histórico obstétrico complicado devem iniciar o acompanhamento ainda antes de engravidar, ajustando medicações e corrigindo deficiências nutricionais.
A importância da vigilância da placenta prévia até o parto
Em conclusão, a placenta prévia não é uma sentença de complicações inevitáveis, mas sim um alerta para vigilância constante e decisões bem planejadas, como destaca a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves. Dessa maneira, com diagnóstico precoce, repouso adequado e cirurgia agendada, a maioria das gestantes conclui a gravidez com bons resultados, preservando a saúde materna e fetal. Ou seja, seguir as recomendações e manter diálogo aberto com o obstetra são atitudes determinantes para transformar o risco em cuidado eficaz.
Autor: Natimoura Dalamyr